Você sabe qual a importância dos primeiros mil dias de vida do seu filho?
Primeiro, deixa eu te explicar o que são esses mil dias: é considerado desde o dia da fecundação até os dois anos de vida pós nascimento. Não, isso não tem a ver com questões religiosas e o que é ou não vida, mas sim trazer a importância do que a nutrição é capaz de promover na saúde materna e do filho.
Hoje se fala até em 1100 dias para aquelas mães que conseguem planejar a gravidez com no mínimo 3 meses antes da fecundação.
Alguns estudos vêm demonstrando a importância dos sabores e variedade dos alimentos oferecidos à criança já intraútero. O estudo mais clássico utilizou o suco de cenoura como exemplo, demonstrando que o grupo das gestantes que o consumia teve filhos que aceitaram mais facilmente esse alimento. Assim ocorre para qualquer alimento. O estímulo à gostos se inicia nessa fase o que fará com que a introdução da alimentação complementar seja facilitada quanto a aceitação de novos alimentos.
Somada a fase gestacional, no pós-parto, ao iniciar a amamentação, a criança continua recebendo percepções de sabores através da ingestão do leite materno. A sua composição se modifica ao longo de uma mamada e ao longo do tempo, assim como o seu sabor se modifica de acordo com a alimentação da mãe. Esses sabores experimentados nesse período também são facilitadores para a aceitação de novos alimentos à época da introdução de alimentos, sejam eles sólidos ou líquidos.
Aos seis meses quando ocorre a introdução da alimentação complementar, o tipo de alimento, a frequência, a textura, a consistência e a variedade serão fundamentais para continuação da formação dos hábitos alimentares que iniciaram no período gestacional e se darão até os dois anos de vida. Por isso, para garantir a saúde da mulher e da criança, já pensando em prevenção futura, a nutrição nos primeiros 1000 dias de vida é fundamental.